terça-feira, 24 de julho de 2012

Três perguntas ao Vereador João Mendes de Jesus

ENTREVISTA


Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

O vereador João Mendes de Jesus (PRB), depois de quase quatro anos a cumprir o primeiro mandato de vereador da cidade do Rio de Janeiro, vai concorrer à reeleição. Dedicado a elaborar projetos que estão a tramitar na Câmara dos Vereadores, João Mendes de Jesus é autor de 11 leis sancionadas pelo prefeito Eduardo Paes, que, sobretudo, beneficiaram a população do Rio de Janeiro. O vereador disse ainda que o Rio está a recuperar sua autoestima no que e relativo à Cidade Maravilhosa ser atualmente a que mais recebe recursos e investimentos em todo o Brasil.

O parlamentar é autor de leis importantes e de inquestionável interesse social, como as Academias da Terceira Idade e as Academias Cariocas de Saúde e Envelhecimento Saudável, além de leis que definem o Hip-Hop como movimento cultural de caráter popular, bem como é autor da lei que garante a reserva de vagas para negros e índios nos concursos públicos em âmbito municipal. João Mendes de Jesus é também um dos autores da lei que implementou o ensino de horário integral nas escolas públicas municipais.

Davis Sena Filho — Por que o senhor vai tentar a reeleição?

João Mendes de Jesus — Por que considero a política o setor mais nobre da sociedade quando você se dedica, logicamente, às boas causas, à construção do desenvolvimento social e econômico, e trata a coisa pública com respeito à população e honestidade com o povo e consigo mesmo. Sou autor de 11 leis sancionadas pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Muitas dessas leis são eminentemente sociais e buscam atender às pessoas que sempre foram barradas em seu crescimento como cidadãs e no seu direito, inquestionável, de ter acesso a uma vida de melhor qualidade. Quero me reeleger porque demonstrei empenho e compromisso com a cidadania, além de querer dar continuidade ao meu trabalho político como um dos interlocutores da sociedade carioca no que diz respeito a atender seus anseios e suas necessidades. Não é qualquer vereador que tem 11 leis sancionadas. Produzi e não enganei as pessoas que confiaram a mim seus votos.

DSF — O senhor é evangélico e é bispo... Considera, então, viável exercer a religião e a política sem, contudo, causar problemas ao seu desempenho como parlamentar e bispo?

JMJExatamente por defender como político e cidadão um estado laico, que me pauto no sentido de não confundir as coisas. Sou político, no momento. Quando tiver de voltar para o púlpito, retornarei com honra, dedicação, obediência e disciplina. Contudo, recebi a missão de ser político por parte de parcela importante da população evangélica e não evangélica. Trato de leis, de projetos, da fiscalização dos atos da Prefeitura do Rio e de me dedicar ao máximo para atender às demandas e às reivindicações do povo carioca. Por atuar assim e pensar dessa maneira, evito, de forma concreta, misturar política com religião. Entretanto, lembro que José, o do Egito além de Moisés, foram profetas de notável reconhecimento divino. Eram políticos e governaram, não somente o Egito, bem como o povo de Israel. E, sem sombra de dúvida, sabiam diferenciar o que é política e o que é religião. Todavia, quero deixar claro que não me comparo a eles. De forma alguma. Seria insensato. Apenas exemplifico tais fatos que constam na Bíblia por causa de sua pergunta.

DSF — O senhor é um político que atua mais em quais áreas?

JMJ — Atuo fortemente na área social, no que diz respeito ao idoso. Sou o presidente da Comissão do Idoso e elaborei leis para esse segmento tão importantes, como as Academias da Terceira Idade que diminuíram a incidência de doenças, dores e consumo de remédios em 70% dos idosos que passaram a fazer ginástica nas praças do Rio de Janeiro. Além disso, sou o autor da lei que institui a vacinação dos idosos em casa, a fim de lhe dar maior comodidade e segurança. Atuo também na área de moradia, bem como defendo os interesses dos negros e dos índios ao aprovar projetos como o do Hip-Hop e das cotas para negros e índios em concurso público promovido pelo município. A verdade é que também apoiei projetos sociais do Executivo e do Legislativo, além e lutar para aprovar os meus. E os aprovei.

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